EM SEU LUGAR

 

 

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 O Rio de Janeiro, palco da final da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil, se tornou um grande canteiro de obras e retoma o caminho do desenvolvimento. Principal imagem do país no exterior, a cidade maravilhosa corre contra o tempo para finalizar ambiciosos projetos como o Porto Maravilha e o Parque Olímpico, obras onde um batalhão de máquinas New Holland põe à prova sua performance.

As instalações do Parque Olímpico, na região da Barra da Tijuca, ocuparão uma área de 1,18 milhão de metros quadrados. Ali serão realizadas disputas de 14 modalidades olímpicas e nove esportes paraolímpicos, entre basquete, vôlei, lutas, ciclismo e natação. As obras de infraestrutura e a manutenção da área
por 15 anos estão a cargo do Consórcio Rio Mais, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken, vencedor de uma
parceria público-privada (PPP) da prefeitura do Rio de Janeiro. A PPP que viabiliza toda a infraestrutura do local também garantirá a construção de um hotel de 400
quartos, o centro principal de mídia e três pavilhões que constituirão o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT) para atletas de alto rendimento. O complexo esportivo está sendo erguido onde ficava o Autódromo de Jacarepaguá. No movimentando
canteiro de obras, o consórcio Rio Mais confiou várias frentes de trabalho à Escad, englobando escavação, nivelamento,    

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demolição, separação de materiais e terraplenagem em geral. Em março, as demolições estavam a pleno vapor, criando pilhas gigantes com a remoção do asfalto das pistas e do concreto das arquibancadas e prédios do extinto autódromo. E a enorme área de terraplenagem já mostrava onde serão erguidas as arenas de
cada um dos esportes. De acordo com o diretor comercial da Escad, Alisson
Daniel, o cronograma é rígido. “Diferente de outros projetos, esse realmente tem dia e hora para começar. O mundo está com os olhos voltados para cá, então, não se permite atrasos. As liberações e licenças saem no prazo e as máquinas não param. É realmente uma obra de produção”, conta, sobre o contrato que começou em 2012 e tem previsão de três anos. Alisson comenta que na equipe de operadores da Escad existem até profissionais em reserva, para manter o cronograma na ponta do lápis. “Vieram de todos os cantos: Minas, São Paulo, Pernambuco e muitos cariocas, claro. E são todos qualificados. Essa é uma premissa da nossa empresa, qualificar e ter operadores comprometidos com o trabalho”, diz. Máquinas de todos os tamanhos também estão ali,entre elas as motoniveladoras RG170.B e RG200.B e os tratores de esteira D150B. Segundo Alisson, a Escad unifica sua frota de acordo com classes de máquinas. Motoniveladoras e tratores de esteira, por exemplo, são todos New Holland. E são vários, quase 30, somando as duas linhas. “Para nós, são os melhores produtos do mercado”. Contudo, eles também possuem 25 retroescavadeiras e 15 minicarregadeiras da marca. “Também são muito eficientes”, explica o diretor. A Escad, que possui 500 opções de equipamentos, é uma empresa que oferece qualquer solução de mecanização para a engenharia brasileira. Além do Parque Olímpico no Rio, a empresa atua em grandes e pequenos empreendimentos em todo o Brasil, suportada por sua matriz em Santo André (SP) e unidades espalhadas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará. Questionado sobre a proporção que a empresa ganhou ao longo de sua trajetória, ele brinca: “bem, não  gostamos de dizer que estamos entre as maiores do país, mas sim que somos pequenos muito bem organizados”.

Maravilha de porto

A revitalização da zona portuária está entre as maiores obras do Rio de Janeiro nos últimos anos. Conduzido em conjunto pelos governos federal, estadual e municipal, o chamado Porto Maravilha irá mudar a paisagem do centro da cidade, trazendo benefícios turísticos, culturais, de moradia e infraestrutura. As obras são implementadas pelo Consócio Porto Novo, formado pela Odebrecht Infraestrutura, OAS e Carioca Engenharia. É a primeira parceria público-privada do país para obras de revitalização urbana, gerando um contrato de R$ 7,6 bilhões, o maior já feito no Brasil na modalidade de PPP. A obra incluirá projetos inovadores de infraestrutura urbana, grandes ações habitacionais (que multiplicarão por quatro a atual população local de 25 mil moradores e com grande melhoria de na sua qualidade de vida), desenvolvimento do um novo polo cultural e de entretenimento que será compatível com a forte demanda turística esperada, além do desenvolvimento de novos negócios que atrairão empresas, gerarão 40 mil novos empregos e R$ 200 milhões em impostos adicionais. No coração do centro da cidade, o Porto Maravilha requalificará cinco milhões de metros quadrados de área. No momento, boa parte do material movimentado nessa empreitada passa pelas caçambas das máquinas New Holland do Grupo JLS Locação, contratada pelo consórcio construtor do projeto. Em todos os canteiros do projeto lá está uma de suas 16 retroescavadeiras ou a motoniveladora RG140.B e a pá-carregadeira W130. Percorrendo o elevado perimetral – que será demolido após a revitalização – do alto se avistam várias delas, atuando na construção de novas redes de água, esgoto e drenagem ou na terraplenagem para a construção dos novos túneis, alças e na reurbanização de cerca de 70km de vias. Segundo Márcio da Silva Santos, sócio diretor da JLS, o grande desafio do projeto, tal como nas obras do Parque Olímpico, é seu apertado cronograma. A Copa e as Olimpíadas estão chegando e as máquinas seguem em ritmo acelerado, sendo previstas até mesmo pesadas multas contratuais caso ocorram atrasos. “Mas estamos seguros, pois ficamos em cima das obras e temos equipamentos muito bem suportados pela PME Máquinas”, diz. A história da JLS se assemelha a de muitas grandes locadoras brasileiras: começa com uma retroescavadeira e, graças a muito trabalho e a entrega de bons serviços, se estabelece no mercado. Antes de chegarem até aqui – parceiros da Odebrecht em uma das maiores obras do Brasil – Márcio trabalhava com plantação de grama e Leandro tinha um caminhão em sociedade com o pai.

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