DE VENTO EM POPA

25/02/2014 – O sudoeste da Bahia foi escolhido para abrigar o maior complexo eólico da América Latina, instalado nos municípios de Caetité, Guanambi e Igaporã. Para incorporar essa energia limpa e em larga escala à matriz brasileira, os parceiros da New Holland se espalham pelo sertão, abrindo acessos e praças onde são instalados os aerogeradores.  
 

escavadeira-energia[1]Os primeiros 14 parques eólicos da região já foram oficialmente inaugurados e comportam 184 aerogeradores, com 293, 6MW de capacidade instalada. Construídos pela Renova Energia, o complexo “Alto Sertão 1” custou cerca R$ 1,2 bilhão e gerou mais de 1.300 empregos diretos na primeira etapa. A ampliação do complexo já está em curso e muitos aerogeradores se incorporam
diariamente à paisagem local. Ao todo, mais quinze parques eólicos serão erguidos na mesma região baiana, seis inaugurados em 2013 e nove previstos para 2014. O Consórcio MGT é um dos grupos que entrega sua parte em março de 2014. Formado pela empresas Mercurius do Ceará, Geo Engenharia do Paraná e a espanhola T&M, o consórcio responde pela implantação de 230 aerogeradores.
Segundo Adalto Calegari, gerente de terraplenagem do consórcio, foi uma obra de recordes. “Fizemos 230 bases de aerogeradores em dez meses, uma média de 23 por mês. Se tirar sábado e domingo, é uma por dia. Além disso, foram 100 quilômetros de acessos e estradas nesses dez meses. E em locais de díficil acesso, pois é nos piores lugares que estão os melhores ventos”, diz, sobre o empreendimento que movimentou mais de dois milhões de metros cúbicos de terra, sendo 200 mil deles detonados.
Adalto acrescenta que os desafios foram enormes. Principalmente os relacionados à logística. “Estamos completamente distantes de um grande centro e tivemos dificuldade para receber materiais, peças e os insumos que precisávamos. Até água chegou a faltar. E, sem água, não há obra”. Com algo em torno de 480 máquinas e caminhões no pico das obras, Adalto acredita que o segredo para concluir o contrato de forma tão bem sucedida foi a performance de seu time. “Cada um sabia o que faria no início da jornada e o que teria que fazer no outro dia. Deu tudo certo”.

Modelos por todo sertão

Construbras e Savel foram dois importantes parceiros do Consórcio MGT nas obras. As máquinas da Construbras – escavadeira
E215ME e motoniveladora RG170.B – chegaram novinhas em Guanambi e seguem trabalhando. “Foi por causa do complexo eólico que resolvi apostar novamente no ramo de máquinas”, diz Gilson Alves Ladeia, proprietário da empresa. A Construbras tem um longo histórico de serviços na Bahia, com dezenas de barragens e aguados concluídos para o Ministério da Integração Nacional, além de trabalhos em parceria com a Vale, tanto no carregamento de vagões como na recuperação de áreas degradadas, em suas unidades baianas de minério de ferro e manganês. “Estive muito envolvido com a pecuária nos últimos anos e acabei distanciando do negócio, mas já tive 40 máquinas em meu pátio e agora quero voltar a ser um dos maiores da região”, diz Gilson, confiante. Além da chegada dos grandes parques eólicos, a construção da ferrovia leste oeste foi outro grande estímulo para ele. A ferrovia ligará a região do agronegócio baiano ao porto de Ilhéus e passará por Caetité. E a aposta pelas New Holland se deu pela confiança no produto e no concessionário. “É excepcional a qualidade das novas máquinas. E a Bamaq é um parceiro importante, que sempre dá todo o suporte não só para mim, mas para todos os amigos meus que têm os seus produtos”, diz. A Savel é outra grande referência local e emprega suas escavadeiras E215B, motoniveladoras RG170B, pás carregadeiras W130 e retroescavadeiras B110 e B95 no desenvolvimento do parque eólico do sertão. A empresa está no local desde o primeiro dia das obras e, além de acessos, também realizou a terraplenagem das subestações que recebem e distribuem a energia dos aerogeradoras. Além da Renova, a Savel trabalha também para espanhola Iberdrola, que junto com o grupo brasileiro Neoenergia constroem dez parques eólicos no Brasil, tanto na região de Guanambi como no Rio Grande do Norte. Segundo Nelson Azevedo Júnior, diretor da Savel, as máquinas amarelas tiveram alto desempenho nas obras locais. “Nós vimos os produtos trabalhando muito bem por aqui. Aliado ao atendimento nota 10 da Bamaq, podemos dizer que a New Holland me surpreendeu”, afirma. O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta. Uma usina eólica aqui gera 40% de sua capacidade instalada, diferente da Europa e de outras regiões, cujo fator de capacidade gira em torno de 20%. Mais de 71 mil km² do território nacional conta com velocidades de vento superiores a 7m/s, principalmente na costa dos estados da região Nordeste e no interior da Bahia.

Fonte: Revista Na Obra n°45. Na Obra é uma publicação trimestral da New Holland. As matérias e artigos aqui publicados não representam necessariamente a opinião da empresa sobre o assunto. 

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